Humana, negra, crítica. São estas as características que percorrem a produção do escritor Cuti — uma das vozes mais brilhantes e originais da literatura brasileira — e as páginas desta antologia, que nos provoca e sensibiliza sobre o momento presente. De um dos fundadores dos Cadernos Negros, com texto de orelha de Maria Nazareth Soares Fonseca.
Ritmo é elemento primordial na obra de Luiz Silva, o Cuti. Nesta antologia, o poeta eleva essa característica a um patamar que, ao convergir sonoridade e movimento, se coloca diante do leitor como uma pista de dança. O convite é para que se escute o potente reverberar de seus versos e se comova com a minuciosa cadência das palavras, o tempo das rimas, o deslocamento das páginas.
Toda essa agitação compõe um bailado impetuoso, conduzindo o leitor por temas críticos como o avanço do ódio no mundo, o racismo, a influência nociva das novas tecnologias na sociedade, ao mesmo tempo em que trata de amor, de identidade e da necessidade incontornável de esperança.
Poeta, dramaturgo e um dos mais influentes intelectuais da literatura e do movimento negro brasileiro, Cuti reúne em
Ritmo humanegrítico
poemas já publicados e inéditos para delinear os horizontes de sua produção literária, iniciada ainda em 1970:
“não é ser negro/ nem ter sido o esteio do mundo/ mas o titubeio do branco/ em me aceitar/ como igualmente humano”.
- Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
- Autores: AUTOR(A): CUTI | Design da capa ou obra de arte por: MENDONÇA, OGA
- ISBN: 9788535937862
- Capa:
- Edição: 1ª EDIÇÃO - 2024
- Formato: 14.00 x 21.00 cm
- Páginas: 272