É no caráter híbrido, irredutível a classificações imediatas, que reside a riqueza de Seda. A história se desenvolve sobre a trajetória de Hervé Joncour, numa cidade francesa cuja economia floresce, em meados do século XIX, com o incipiente negócio da seda. Nas viagens que faz ao Japão para comprar o produto, descortina-se para ele um mundo a um tempo arcaico e novo, no qual a estranheza se mistura ao fascínio e à paixão. Seda é um relato de sensações, de como a realidade objetiva se transmuda na visão, na memória e na linguagem. O texto se desenvolve sobre as imagens possíveis do que é puro mistério para Joncour: o "fim do mundo", definido como "invisível", cores "mais leves que o nada", ideogramas que são como "cinzas de uma voz queimada". É em tal poder evocativo das palavras que o protagonista acaba encontrando, já velho e reconciliado com as lembranças, um sentido para a existência. Nesse tempo pouco definível, entre o passado ainda ardente e a melancolia de um futuro pacífico, ele encontra "um modo exato de estar no mundo". "Na manhã em que escreveu Seda, Baricco imaginou que toda a literatura do mundo desaparecera [...] Como Flaubert, queria escrever um livro feito de nada ." - Pietro Citati, La Repubblica
- Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
- Autores: AUTOR: BARICCO, ALESSANDRO | Traduzido por: SCHLAFMAN, LÉO
- ISBN: 9788535910865
- Capa: Brochura
- Edição: 1ª EDIÇÃO - 2007
- Formato: 14.00 x 21.00 cm
- Páginas: 128