De cunho existencialista, romance de estreia de Ernesto Sabato, um dos mestres da literatura argentina e ganhador do prêmio Cervantes, é narrado por assassino confesso
Pode-se que dizer que
O túnel
é um romance policial pelo avesso. O crime e seu autor são revelados na primeira frase do livro pelo protagonista e assassino, o pintor Juan Pablo Castel. Segue-se um relato angustiado das circunstâncias e engrenagens íntimas que o levaram a matar a mulher pela qual se apaixonou, María Iribarne. Não há detetives, mas uma autoinvestigação que tangencia a loucura, embora recoberta por uma racionalidade aparentemente rigorosa.
A Castel falta habilidade para se comunicar e sobram niilismo e repulsa pela humanidade. Sua insatisfação o leva a desejar reter a presença e a atenção de María, o que se revela impossível. A relação entre os dois se alterna entre momentos de ternura e muitas situações de atrito. Com fortes tintas existencialistas, o romance chamou a atenção de Thomas Mann e Albert Camus. Como os anti-heróis de Sartre e do próprio Camus, o protagonista de é um “eu” em processo de desintegração, preso num túnel que não consegue romper.
- Editora: CARAMBAIA
- Autores: Traduzido por: MOLINA, SERGIO | Design da capa ou obra de arte por: MENDONÇA, OGA | AUTOR: SABATO, ERNESTO | Posfácio por: SARACK, CAIO
- ISBN: 9786554610254
- Capa:
- Edição: 1ª EDIÇÃO - 2023
- Formato: 13.60 x 21.70 cm
- Páginas: 160