Escritora brasileira talentosa esquecida pela história literária faz romance sofisticado com crônica social e discussão dos direitos das mulheres Nhonhô Rezende
(1918), romance de estreia de Iracema Guimarães Vilela, dá a medida do talento da autora, obscurecido ao longo das décadas. É uma história de amores desencontrados com fortes tintas de observação da sociedade e dos valores morais da época. A narrativa inicialmente se concentra na jovem Nair que, antes de casar, viveu um breve romance com o dândi Nestor, o Nhonhô Rezende. Apesar de guardar péssimas lembranças de Nestor, de quem testemunhou o mau-caráter e o cinismo, ela se vê, anos depois, obrigada a conviver socialmente com ele.
O enredo se passa entre o Rio de Janeiro e Teresópolis e gira em torno de Nestor e algumas mulheres: a irmã de Nair, Stella, que também será engendrada pela ganância e a dissimulação do dândi; Dinorah, a prima jovem e rica delas, cuja fortuna atrairá as más intenções dele; e a irmã de Nestor, Clotilde, uma especialista em intrigas. Entre os vívidos diálogos da classe alta discutem-se as questões dos direitos das mulheres e o feminismo, temas indefectíveis entre as melhores escritoras da época.
- Editora: CARAMBAIA
- Autores: Posfácio por: DUARTE, CONSTÂNCIA LIMA | AUTOR: VILELA, IRACEMA GUIMARÃES | Design da capa ou obra de arte por: FISCHER, FERNANDA
- ISBN: 9786554610506
- Capa:
- Edição: 1ª EDIÇÃO - 2024
- Formato: 15.80 x 21.70 cm
- Páginas: 400