Sob o regime dos Simpatia — família no poder há sete séculos —, Vasabarros é uma cidade triste, cinza e hostil. Lá, a submissão parece ser a única forma de sobrevivência.
Mistura de distopia e de resposta à brutalidade da ditadura, Vasabarros é alegoria de uma sociedade dominada pela burocracia e pelo autoritarismo. Lá, as regras são seguidas a ferro e fogo, e as palavras de ordem são vigilância, hierarquia, punição e temor.
Sétimo livro do autor,
Aquele mundo de Vasabarros
foi lançado em 1982 e recebeu, no ano seguinte, o prêmio Jabuti na categoria romance. A trama faz parte do que especialistas identificam como “ciclo sombrio” de José J. Veiga: depois de
A hora dos ruminantes
(1966),
Sombra de reis barbudos
(1972) e
Os pecados da tribo
(1976), esta obra do escritor goiano retorna a um cenário oprimido por poderes atrozes e descomunais.
Sob o regime da família Simpatia, a população de Vasabarros se divide em andares, que reproduzem a estratificação social: no primeiro nível estão os funcionários do primeiro escalão, no segundo vivem os membros da Simpatia e no terceiro moram os pobres e marginalizados. Em Vasabarros, há também os merdecas e mijocas, alcunha para os vigias e oficiais responsáveis pela manutenção da disciplina.
“Um convite para o leitor se posicionar perante os fatos de modo crítico, analisar a trama e perceber um jogo de forças de poder usurpando a condição humana de liberdade.” — Agostinho Potenciano de Souza
- Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
- Autores: AUTOR(A): VEIGA, JOSÉ J. | Design da capa ou obra de arte por: FARKAS, KIKO | Posfácio por: SOUZA, AGOSTINHO POTENCIANO DE
- ISBN: 9786559213801
- Capa:
- Edição: 1ª EDIÇÃO - 2023
- Formato: 13.70 x 21.00 cm
- Páginas: 208